Quando a gente não caiu na folia - Uma homenagem ao Carnaval.
O dia de hoje consta como Quarta-Feira de Cinzas em nosso calendário, a data que marca o encerramento da maior festa popular do país: o Carnaval. Mas como vamos encerrar algo que nem teve começo?
O ano de 2021 entrará para a história como o ano em que, pela primeira vez, as fantasias tiveram que ser guardadas, as ruas ficaram vazias e os trios elétricos e carros alegóricos não puderam sair do lugar. O Brasil não pôde comemorar o seu Carnaval da forma como gostaria devido à pandemia ocasionada pelo novo Coronavírus, tendo com isso que se reinventar.
Site Fala Universidades |
As ruas de Salvador ficaram vazias e os trios foram substituídos pelas varandas dos prédios, para que a Bahia não ficasse no silêncio. Nos barracões das escolas de samba do Rio e São Paulo, ao invés de fantasias e alegorias, as costureiras confeccionaram máscaras para os hospitais. Na Marquês de Sapucaí, o palco do grande espetáculo no Rio, ficou com a sua famosa passarela do samba deserta. Nas arquibancadas, no lugar da multidão aplaudindo e cantando os sambas-enredo, apareceram as cores das escolas de samba, como uma homenagem às vítimas da Covid-19. Muitos foliões de todo o mundo, que costumavam estar ali todos os anos festejando, perderam suas vidas para esse tenebroso vírus.
Site G1 |
O Carnaval sempre foi para muitos brasileiros o momento de poder extravasar, botar para fora o grito preso na garganta, se vestir da forma que quiser, cantar, pular e dançar nas ruas e poder ser quem você realmente é, sem julgamentos. E claro, ansiosos por poder dizer sempre aquela famosa frase tupiniquim: "O ano só começa depois do Carnaval".
E agora? Vamos deixar a tristeza tomar conta de nós ou iremos começar o ano com aquela esperança típica do brasileiro de que tudo sempre ficará melhor?
Site Rádio 93fm |
Como disse o nosso querido e saudoso poeta Vinicius de Moraes:
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida
Feliz a cantar..."
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